domingo, 26 de setembro de 2010

A Casa do Mundo

O ponto de partida sempre foi o desafio de captar ambientes e sensações através de formas e cores. Não se trata de uma mera representação mas sim de repetidos exercícios de fixação de espaços voláteis, com contrastes de luz, cheios e vazios, repletos de presenças e de ausências, sombras, personagens abstractos que “vão e voltam, atravessam os quadros, saem de um para regressar noutro, passeiam através deles” (Teolinda Gersão). Pairam, diluem-se na cena, desaparecem em seguida nos seus armários e armaduras de fantasmas emancipadores do homem, anjos e demónios libertadores. (1)

“Aquilo que às vezes parece
um sinal no rosto
é a casa do mundo
é um armário poderoso
com tecidos sanguíneos guardados
e a sua tribo de portas sensíveis.
…………………………………
“Acendo os interruptores, acendo a interrupção,
as novas paisagens têm cabeça, a luz
é uma pintura clara (…).”

“A Casa do Mundo”, de Luiza Neto Jorge (“O Seu a Seu Tempo”, 1966)
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"O Segredo de Lázaro" - Díptico: "O Peso do Corpo"; "O Peso da Memória"

"Desertos Flutuantes", 2008

"Marcas do Tempo", 2008

"A Margem Clara - Os Viajantes", 2009 - Col. Museu Municipal de Resende

"Horizonte I", 2010 - Col. Particular
(1) - Catálogo da exposição no Museu Municipal de Resende (2010).

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